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03/12/2018 - AVANÇO NA REGULAMENTAÇÃO IMPULSIONA O CRESCIMENTO

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VALOR 

Adquirentes e subadquirentes se aproveitam das novas regras do setor para buscar expansão. Os primeiros, com relacionamento direto com as bandeiras e responsáveis pela liquidação dos valores com os clientes, são beneficiados pela fragmentação do mercado, hoje com 20% das operações sustentadas por empresas ligadas a bancos menores ou sem bancos. Os segundos, responsáveis por facilitar a relação de lojistas com o sistema de pagamentos (por isso também chamados facilitadores), são agora submetidos a novas definições do Banco Central, como a liquidação centralizada na Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Chancelados por bandeiras, aqueles com tecnologia para divisão de pagamentos (Split) ainda foram beneficiados pela inclusão dos marketplaces nas mesmas regras, com depuração do mercado dificultando a vida de empresas de menor solidez ou consistência para reter e distribuir valores para os clientes.

O cenário induz ao surgimento de modelos de nicho. A Adiq, adquirente ligada ao banco BS2, criou o conceito de adquirência como serviço, por meio do fornecimento de estrutura para subadquirentes ou empresas varejistas. "Em vez de entrar na guerra das maquininhas, escolhemos ajudar nossos clientes a se transformarem em empresas de pagamento", diz o CEO, Marcos Cavagnoli. A empresa tem 60 parceiros subadquirentes e, com pouco mais de um ano de vida, deve fechar o ano com 1,3% de participação no mercado.

"Os novos marcos regulatórios mostram que o Banco Central está alinhado com as movimentações que ocorrem em outros mercados. O mercado brasileiro ganhou curadoria e segurança", avalia Jean Christian Mies, VP da Adyen para a América Latina. A holandesa nasceu com plataforma digital e integrada para atuar como adquirente e subadquirente e se alinha ao movimento de IPOs que levou às bolsas marcas brasileiras, como Pagseguro e Cielo: este ano, captou cerca de € 849 milhões na Europa.

Para João Pedro Tonini, diretor de produtos da alemã Wirecard, que em 2016 comprou a subadquirente brasileira Moip, haverá mais movimentações em 2019. "A maioria das empresas, com fusão, aquisição ou extensão, busca dar um passo ao lado, da adquirência para subadquirência e vice-versa", diz. Outra tendência é o fornecimento de serviços financeiros agregados aos de pagamento. Voltada a nichos como restaurantes e clínicas, a subadquirente Paggi, antes Kiik tem proposta para transformar fornecedores de sistemas de gestão parceiros em provedores de serviços financeiros, agregando produtos e serviços para clientes finais. Segundo o CEO Maurício Valim, com a iniciativa e a regulação a empresa a multiplicar seu tamanho por cinco.

 

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