Museu do Cartão de Crédito

31/07/2018 - Lucro da Cielo cai 17,8% no segundo trimestre

Voltar

VALOR

Nathália Larghi 


A credenciadora de cartões Cielo registrou um lucro líquido de R$ 817,5 milhões no segundo trimestre deste ano, uma redução de 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre, a queda foi de 18,8%.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 2,927 bilhões, alta de 3,4% ante o segundo trimestre de 2017 e de 5,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O Ebitda consolidado da empresa foi de R$ 1,147 bilhão, redução de 10,3% na comparação anual. Em relação ao primeiro trimestre, a redução foi de 7,7%.

Segundo relatório da companhia, o número é resultado da apreciação nas receitas da controlada Merchant-E Solution, plataforma tecnológica de meios de pagamentos tanto como adquirência tradicional como em e-commerce. A companhia é de origem americana e foi comprada pela Cielo em 2012. Segundo a empresa, o aumento das receitas aconteceu “em decorrência do aumento no volume capturado no exterior, bem como a apreciação do dólar no período”.

A Cateno, outra controlada da Cielo, também teria registrado um aumento nas receitas de intercâmbio, “relacionado ao aumento de volume capturado nesse trimestre e aumento relacionada a expansão dos negócios e dos serviços de recarga on-line da controlada Multidisplay.”

“Adicionalmente, em contra partida, o aumento das receitas líquidas nas controladas foi parcialmente compensado pela redução nas receitas de comissão impactada pela redução de volume no trimestre, do aumento na participação de clientes do segmento de grandes contas e da maior pressão sobre as receitas de aluguel de equipamentos de captura da controladora devido à queda no parque cobrado”, afirma a Cielo, em nota.

Os gastos totais da empresa Cielo totalizaram R$ 2,011 bilhões, aumento de 12,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado e alta de 12,9% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

O volume financeiro transacionado pela empresa totalizou R$ 151,1 bilhões, alta de 0,05% em relação ao mesmo período do ano passado e redução de 1,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
 

Crédito x Débito

Do total desse volume, a credenciadora de cartões informou que R$ 88,6 bilhões foram de transações no cartão de crédito. O dado representa uma alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Na modalidade débito, no entanto, o volume financeiro foi de R$ 62,5 bilhões, queda de 8,5% na comparação anual.

A Cielo capturou no período 1,7 bilhão de transações, uma queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2017.
 

Despesas operacionais

Em seu relatório de resultados, a Cielo informou que suas despesas operacionais totalizaram R$ 442,1 milhões no segundo trimestre, o que significa um aumento de R$ 48,1 milhões ou 12,2% ante o mesmo período do ano passado.

As despesas de pessoal da Cielo aumentaram 12,8% no segundo trimestre ante os primeiros três meses do ano. Segundo a companhia, a alta é justificada por aumento de despesas com projetos na controlada Merchant E-Solutions, assim como “aumento no quadro de colaboradores na controlada Cateno”. Na comparação anual, a alta foi de 12,2%.

As despesas gerais e administrativas, excluindo depreciação, cresceram 11,4% na passagem do primeiro para o segundo trimestre. A alta é relacionada ao aumento das despesas comerciais na Merchant E-Solutions, incluindo a apreciação do dólar. Ante o segundo trimestre de 2017, houve uma redução de 4,6%, relacionada à redução com custos com consultoria, segundo a Cielo.

As despesas de vendas e marketing cresceram 197% no segundo trimestre. Já as outras despesas operacionais líquidas tiveram alta de 5,6%. O valor foi 105,5% maior do que no mesmo período do ano passado.
 

Menos maquininhas

A base instalada de maquininhas da Cielo no segundo trimestre teve uma queda de 9,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, mas cresceu 0,5% em relação ao primeiro trimestre deste ano, informou a empresa em seu relatório de resultados.

Os dados somam os POS tradicionais, os terminais Lio e também os terminais Stelo, que, diferentemente dos demais, são vendidos ao lojista, ao invés do tradicional aluguel. Ao todo, são 1,475 milhão de aparelhos no mercado.

Os pontos de venda ativos — que realizaram pelo menos uma transação nos últimos 30 dias — também tiveram queda. A redução foi de 19,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Atualmente, são 1,06 milhão de terminais ativos. No primeiro trimestre deste ano, eram 1,15 milhão.

 

Newsletter

Preencha os campos abaixo e receba nossas notícias:

Rua Visconde do Rio Branco, 1488 - 18º andar - Centro - Curitiba/PR

Contato
Telefone Logo

2020 Museu do Cartão - Todos os direitos reservados