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28/04/2015 - Lucro da Cielo pode crescer 6% no primeiro trimestre

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Por Felipe Marques | De São Paulo | Valor Econômico

Em um cenário de desaceleração do consumo - e por consequência das compras com cartão - a credenciadora de cartões Cielo deve apresentar um lucro líquido de R$ 852,2 milhões no primeiro trimestre, cifra 6,1% maior que em igual período de 2014. A projeção corresponde à média de projeções feitas por cinco casas de análise e compiladas pelo Valor.

A credenciadora divulga resultados na quarta-feira, antes da abertura do mercado.

Um mesmo diagnóstico permeia as diferentes análises. Apesar do consumo fraco pressionar as receitas da Cielo com captura de compras com cartão no varejo, outras fontes de resultados - como o adiantamento de faturas a lojistas - e controles de custos devem compensar esse efeito.

Para os primeiros três meses do ano, analistas do Goldman Sachs projetam um avanço de 6,2% nos volumes transacionados em crédito e de 14% em débito, ante o ano anterior. Na visão deles, as compras com cartão capturadas pela credenciadora devem seguir em desaceleração "significativa" nos próximos trimestres.

O crescimento de linhas alternativas de receitas e o controle de custos também ajudam a diminuir o efeito que a consolidação da Token, a joint venture entre Cielo e Banco do Brasil (BB), tende a ter nos resultados da companhia. Como o balanço da Cielo deve incorporar pelo menos um mês de resultados da nova empresa, a comparação com igual período do ano passado fica desfavorecida. A operação com Cielo e BB foi fechada no fim de fevereiro e será controlada pela credenciadora.

"Novamente, a expansão modesta nos volumes financeiros deve ser compensada pelas fortes receitas de adiantamento. Desta vez, contudo, outros fatores ajudarão a sustentar nossa estimativa de R$ 873 milhões de lucro", escrevem os analistas do Credit Suisse. Entre esses itens, estão o avanço nas receitas da Merchant e-Solutions, subsidiária da Cielo nos Estados Unidos, com receitas em dólar, e o controle de custos feito pela companhia.

Um dos grandes destaques do trimestre, na opinião dos analistas, será a operação de adiantamento de faturas de cartão para lojistas feita pela Cielo. Nas contas do Credit Suisse, as receitas com antecipação da credenciadora devem crescer 26% na comparação com igual período do ano anterior, para cerca de R$ 500 milhões.

A demanda dos comerciantes por esse tipo de operação aumenta à medida em que sobem as taxas de juros das demais operações de crédito e em que outras fontes de financiamento ficam mais escassas. Tanto que, na projeção do Goldman Sachs, 20% do volume de compras em cartões de crédito da companhia deve ter sido antecipado no primeiro trimestre.

Na visão de analistas do BTG Pactual, o forte desempenho das linhas de adiantamento de recebíveis - com spreads mais altos - é um dos fatores que podem levar o lucro da Cielo a bater as expectativas do mercado e crescer 10% na comparação anual. "Esperamos que as taxas de crescimento do lucro por ação se acelerem ao longo do ano".

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