Museu do Cartão de Crédito

29/10/2013 - Tarifa é ponto sensível para novatas da área de cartões

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Por Felipe Marques | De São Paulo | Valor Econômico

Embora não cobrem aluguel mensal das máquinas simplificadas de captura de cartões de crédito, não necessariamente fica mais barato usar um facilitador de pagamentos em lugar de uma credenciadora tradicional. A taxa de desconto cobrada do lojista pelos facilitadores costuma ser maior do que a média das redes tradicionais (2,78%, em dezembro de 2012).
 
Isso ocorre porque os facilitadores precisam repassar para uma credenciadora a transação que capturaram, já que não se conectam diretamente à bandeira, como fazem Cielo e Rede, por exemplo. Ou seja, o facilitador paga uma taxa de desconto à credenciadora como qualquer outro comércio, e calcula a que cobra de seus lojistas em função da que ele paga.
 
"Nosso cliente é um lojista que não tem volume suficiente para conseguir sozinho uma boa taxa com uma credenciadora. Como eu junto os volumes de diversos clientes pequenos, acabo negociando uma taxa melhor", afirma Igor Senra, presidente da Moip. A Moip captura em média 6 milhões de transações por mês, que correspondem a um volume de R$ 350 milhões ao ano. "As credenciadoras são nossas parceiras e adversárias ao mesmo tempo."
 
A estrutura em que o facilitador fica ligado a uma credenciadora acabou criando um complexo relacionamento entre os dois. Uma relação que, em alguns casos chegou, até os tribunais. Em agosto, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou que a então Redecard fosse condenada em uma disputa com a Abranet, associação de empresas da Internet, representando a PagSeguro.
 
A briga envolve episódios de desligamento da captura de PagSeguro pela Redecard, depois de a credenciadora exigir mais transparência da PagSeguro e alegar que seu nível de transações canceladas pelos clientes - seja por fraude ou não reconhecimento da compra - era alto demais. A Redecard tenta reverter a decisão.

 

O pedido de mais transparência para os facilitadores foi endossado pela associação do setor de cartões (Abecs), na lista de recomendações que fez para facilitadores em agosto. "A fatura do cliente precisa identificar não só o nome do facilitador, mas o estabelecimento onde, de fato, o cliente comprou", afirma Ricardo Vieira, da Abecs. Há casos, em que a fatura do cliente mostra apenas o facilitador, não a loja.

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