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12/05/2014 - Lucro da Cielo deve apresentar alta de 21%

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Por Felipe Marques | De São Paulo

 

A credenciadora de cartões Cielo deve apresentar lucro líquido de R$ 764,2 milhões no primeiro trimestre, com crescimento de 20,91% ante igual período do ano passado. A estimativa é a média das projeções de cinco casas de análise, compiladas pelo Valor. A Cielo divulga seus resultados hoje, após o fechamento do mercado.

A expectativa de um resultado forte no começo do ano, acompanhada de ganho de participação de mercado, sustentou alta nas ações da credenciadora no pregão de ontem. O papel fechou o pregão com avanço de 1,33%, a R$ 39,57. O Ibovespa avançou 0,88%.

O crescimento do volume de compras com cartão capturado pela credenciadora é o principal responsável pelo desempenho no trimestre. Em relatório, analistas do Itaú BBA calculam uma receita de R$ 1,79 bilhão para a Cielo no trimestre, avanço de 18% na comparação anual. Já o volume financeiro de transações com cartões de crédito e débito capturados pela companhia deve crescer cerca de 17% ano a ano, estima o banco.

A expectativa de analistas é que esse desempenho leve a um ganho de participação de mercado da Cielo no começo do ano. No quarto trimestre de 2013, a companhia respondeu por cerca de 55% do mercado, considerando apenas as três maiores empresas do segmento (Cielo, Rede e Santander). "A questão é se esse provável ganho de mercado virá acompanhado de manutenção das margens", diz Carlos Daltozo, da BB Investimentos.

Analistas do Citi elevaram recentemente as estimativas de lucro por ação da companhia (LPA) para 2014 e 2015 em 7%, chegando a R$ 2,04 e R$ 2,30, respectivamente. Em relatório, afirmam que conversas com os executivos da Cielo os fizeram projetar um cenário de crescimento mais robusto para a indústria de cartões nos próximos anos e uma perda mais gradual de participação de mercado da credenciadora para novos competidores.

Nem todas as casas, contudo, projetam um cenário totalmente favorável para a Cielo neste ano. "O forte aumento de lucros não será suficiente para sustentar uma atitude mais positiva sobre a ação, pois consideramos que a Cielo está cara e os riscos de concorrência iminente estão aumentando", escrevem os analistas do Santander.

Analistas do Credit Suisse também ponderam o perigo de aumentar a aposta na Cielo agora, mesmo com fortes resultados. Entre os riscos listados pelo banco suíço estão o fim de acordos de exclusividade de captura de bandeiras (como Elo e Alelo) e o aumento da competição no comércio eletrônico, onde a Cielo tem forte presença.

Outra linha de destaque no trimestre promete ser a antecipação de faturas de cartão para lojistas. O Itaú BBA projeta que a Cielo antecipe algo em torno de 16,6% dos volumes que captura no cartão de crédito neste trimestre. Nos três primeiros meses do ano passado, a companhia antecipou um percentual de 13,3%.

O Brasil Plural, em relatório, defende que a alta na taxa básica de juros aumenta a demanda pela antecipação de faturas feita pela Cielo. Os analistas lembram que a curta duração dessa carteira de operações (cerca de 60 dias) também favorece o repasse de um aumento da taxa Selic ao spread dessas operações - o que também contribui para o crescimento da linha. Os analistas estimam R$ 397 milhões de receitas com antecipação no trimestre, avanço de 74,5% na comparação com igual período de 2013.


Fonte: Valor Econômico

 

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